A inatividade física, por si só, é considerada fator de risco de mortalidade, assim como o tabagismo, diabetes, obesidade, câncer, e várias outras doenças. Um estudo da revista médica “The Lancet”, uma das mais importantes do mundo, demonstrou que a prática regular de exercícios é capaz de prevenir 10% dos casos de diabetes e 10% dos casos de câncer de mama e de cólon. Por outro lado, o sedentarismo é responsável por 9% dos casos de morte prematura.

O American College of Sports Medicine e a American Heart Association, entidades norte-americanas especializadas em saúde do coração e medicina esportiva, recomendam a prática de atividade física aeróbica de moderada intensidade por no mínimo 30 minutos, cinco vezes por semana, ou atividade aeróbica de maior intensidade por 20 minutos, três vezes por semana. Esses exercícios devem ainda ser complementados por exercícios que mantenham ou aumentem a força muscular pelo menos duas vezes por semana.

Um importante ponto a se considerar é exatamente a forma como os profissionais de saúde orientam e conscientizam a população, e se isto vem sendo suficiente. Quanto tempo nós, médicos, gastamos de nossa consulta para explicar a grande importância da atividade física na saúde cardiovascular de nossos pacientes? E quando e como abordamos?

Devemos estimular a prática de exercícios para todos, desde pessoas saudáveis que querem começar uma atividade física até aqueles pacientes em reabilitação de doenças cardiovasculares. Cabe ao médico cardiologista medir o risco de seu paciente para determinar qual atividade ele está apto a praticar.

Cuide-se!